segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PontoArt Galeria - Dois anos de atividade!

Paisagem - Árvores no Parque
de Marrey Peres (1926 - 1993)
Durante estes últimos dois anos trabalhamos para a divulgação da Arte através da manutenção da PontoArt Galeria, na Vila Madalena em São Paulo. Foram dois anos muito gratificantes, onde conhecemos muitos artistas da nova cena de artes em São Paulo, no Brasil e no mundo. Tivemos a chance de hospedar trabalhos de qualidade em várias exposições e eventos. Confiram as reportagens sobre as exposições, painéis murais e outros eventos da PontoArt em 2010 no site de notícias da galeria: www.pga.com.br/pontoart . Vejam também o nosso site em http://www.pontoart.art.br/ . Não deixem de visitar as galerias virtuais e de conhecer o acervo das obras do artista plástico Marrey Peres (meu pai), que estão em exposição permanente na galeria.

Agora estaremos fechados para manutenção e para repaginação das salas de exposição. Reabriremos em 02 de fevereiro de 2011, com um novo calendário de exposições para o ano. Acompanhem as nossas atividades e venham enriquecer o cenário artístico de São Paulo.

Um grande 2011 para todos!

Marrey Peres Jr.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novo portal de apoio a pessoas com deficiência

Recebi um email interessante divulgando o site DeficienteOnline.com.br que traz informações sobre oportunidades de trabalho para pessoas com deficiência. Vamos divulgar para os interessados, ou seja, para as pessoas e para as empresas.

Esta informação foi enviada pela nossa amiga Irene Tanabe que faz um trabalho muito bonito de contação de histórias com origami, para educadores, deficientes visuais e quem mais se interessar...

Abraço,

Marrey Peres Jr.

Subject: PORTAL PARA DEFICIENTES ABRE INSCRIÇÃO PARA MAIS DE 2 MIL VAGAS.




Portal para Deficientes abre inscrições para mais de 2 Mil vagas inclusivas.

Site exclusivo para Deficientes oferece mais de 2.400 vagas nas mais diversas áreas e Estados do Brasil.

O DeficienteOnline.com.br é o maior site de empregos e currículos voltados exclusivamente para profissionais com Deficiência (PcDs). Atualmente conta com mais de 308 grandes empresas que diariamente buscam currículos de PcDs.

Como surgiu a ideia do DeficienteOnline.com.br?

O Professor universitário, Gestor de Projetos e também profissional com deficiência Claudio Tavares, pensou em outras pessoas com deficiência que tinham dificuldade em encontrar informações centralizadas sobre o mercado de trabalho, leis e normas. Diante desta situação resolveu usar sua experiência e seus conhecimentos em gestão de processos e projetos sociais para criar junto com sua esposa Kelli Tavares, especializada em Recursos Humanos, o Portal DeficienteOnline.com.br, desenvolvido dentro dos padrões de Acessibilidade Web e tem a missão de ser a melhor ferramenta de Centralização e disponibilização de Base Curricular obtendo informações de qualidade referente a qualificação profissional, educacional e acadêmica juntamente com habilidades e competências dos Profissionais com Deficiência, compartilhando essas informações com empresas que buscam novos talentos e potencial humano na diversidade.

Como usar o site e se candidatar as vagas?

Os Interessados deverão acessar o site http://www.deficienteonline.com.br cadastrar gratuitamente o currículo para que as empresas tenham acesso na busca de candidatos e também se candidatar nas vagas para disponibilizar o currículo diretamente para a empresa anunciante que entrará em contato com candidatos inscritos e selecionados por ela.

www.DeficienteOnline.com.br foi criado para mudar vidas e gerar oportunidades de sucesso.

“O Site do Profissional com deficiência"

terça-feira, 27 de julho de 2010

Longa vida à rebeldia! Uma homenagem a Roberto Piva

Conhecemos Roberto Piva numa época em que éramos militantes libertários, nos anos finais da ditadura militar que assolou este país por mais de duas décadas. Estávamos em um evento no centro da cidade, onde se discutia a luta pela volta à democracia, se a democracia era solução ou não, se a anistia viria, se era recíproca, se não era, se o preço da laranjada em Uganda influenciava o Brasil e se o Hare Krishna era uma prisão ou uma libertação…

No meio daquele burburinho intelectual surgiu a figura do Piva. Na época, de cabelo comprido, bigode e oclinhos redondo, reclamando: “Esse pessoal acha que conhece o operário e sabe o que ele quer! Sabe nada! Eu trepo com operário e eles não estão nem aí para essa discussão toda! É porisso que eu sou a favor da monarquia! Eu sou um monarquista anárquico, ou ainda, um anarco monarquista!”

Naquela época de ferrenho embate ideológico (ou seja, você era a favor ou contra. Branco ou preto…) entendi aquelas transgressões mais como parte da poesia do Piva, e não como uma forma de realmente encarar o mundo, as coisas e as relações entre as pessoas. Só depois de muita água rolar pelos anhangabaús e largossãofranciscos da vida é que percebemos que a evolução humana não é feita apenas por rebanhos afinados ideologicamente que se enfrentam entre sí, tentando consolidar esta ou aquela direção. Existem também catalizadores importantes da abertura da mente das pessoas, para que o debate flua para o que em princípio possa parecer absurdo, mas que de fato é apenas uma aterrisagem na realidade mais dura e simples que existe: o fato de que nem sempre a gente sabe o que deve ser feito, nem para que lado sopra o vento. Nessas horas temos que saber transgredir e escutar o coração e o tesão da gente. Pois essa talvez seja a forma mais explosiva de conhecimento renovador. A rebeldia, juvenil ou não, é um dos principais motores da contestação e, por consequencia, da crítica e da evolução.

Valeu Piva. Fica a tua obra, que é uma das mais expressivas na poesia nacional. Fica a tua opinião, que pode agradar ou não, mas que abre as mentes como um abridor de latas no cérebro do seu robô pederasta:

“Eu sou uma metralhadora em
estado de Graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto”. (Roberto Piva – 1938/2010).

(Por Marrey Peres Jr. – Inverno de 2010)

domingo, 20 de junho de 2010

A morte de um pedaço da inteligência


Morreu Saramago. O mundo ficou significantemente menos inteligente, menos sagaz e menos crítico. Morreu velhinho e combalido pela doença, mas isso não tira a saudade que fica pelo fato de que não mais teremos obras originais daquele que foi, sem dúvida, um dos maiores escritores da língua portuguesa. Em toda a imprensa muitos editoriais, reportagens, especiais, lembraram o grande pensador que ele foi. Em homenagem a esse grande escritor, reproduzo abaixo as palavras que achei mais significativas, nas várias coisas que li sobre ele nestes dias. Faço minhas, também, as palavras de Leonardo Sakamoto, em seu blog no UOL. Segue o link:

http://blogdosakamoto.uol.com.br/2010/06/20/tem-gente-em-festa-com-a-morte-de-saramago/

Realmente, o Sr Ratzinger devia prestar mais atenção nos pedófilos que estão manchando a igreja católica, ao invés de patrocinar a crucificação a memória de uma pessoa cujo único "pecado" foi a coerência e a opção política pelos oprimidos.

Abraços,

Marrey Peres Jr.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Virada Cultural e a Virada Sustentável


(ilustração: desenho feito com caneta esferográfica preta pelo artista Eduardo Cambui Jr.)


No final de semana passado, mais uma vez a cidade de São Paulo foi palco (aliás palcos...) de mais uma Virada Cultural. Foi um mega evento, do tamanho da cidade. Mil e poucas atrações cobrindo boa parte do espectro cultural, em vários lugares, principalmente no centro da cidade, com um público de mais de 4 milhões de pessoas se acotovelando e perambulando de um lado para o outro no frio das madrugadas paulistanas... tudo muito poético.


A respeito do evento, eu estava conversando com a minha filha (Alícia, que aliás é uma excelente fotógrafa, muito ligada nas coisas da cultura...) e nós dois comentávamos sobre a grandiosidade do megasuper evento. Concordávamos que era uma pena o fato de se concentrar um milhar de atividades em apenas dois dias e depois passar outras 51 semanas no ano inteiro sem uma presença maior de atividades culturais abertas ao público em geral. Não seria mais interessante dividir esse tipo de evento por 25 eventos quinzenais, realizados em lugares diferentes (e não só no centrão de Sampa), durante todo o ano? Será que não sairia até mais barato e não seria mais interessante do ponto de vista de inserção cultural dos cidadãos paulistanos? Sem dúvida essa seria uma reflexão interessante... acho que devemos começar a fazê-la...


E por falar em virada e em reflexão, ambientalistas estão fazendo a proposta de realização de uma Virada Sustentável, na cidade de São Paulo, em setembro deste ano. Acho que pode ser uma idéia interessante. A proposta, até onde eu pude ver até agora, seria a de se realizar uma série de atividades focadas na discussão do consumo consciente e na possibilidade de mudarmos nossa atitude frente ao planeta antes que seja tarde demais. Os organizadores defendem que somente com a mudança de hábitos e costumes a humanidade poderá reduzir o impacto negativo que tem causado ao meio ambiente. Um link interessante que damos abaixo, nos leva a uma entrevista com o ambientalista Antonio Carlos Matarazzo, que é um dos incentivadores desse evento, sobre suas atividades nessa área. Pode ser um bom começo.... vejam a entrevista com ele em http://www.vivamundo.org.br/site/entrevistaDetalhe.asp?id=18 .
.
Relembrando um post anterior:
.
Certa vez, durante o incêndio de uma floresta, o elefante observou um pequeno pássaro que voava até um lago, pegava água no seu bico e voava de volta até o incêndio, jogando a água sobre as chamas, na tentativa de apagá-las.
.
A certa altura o elefante chamou o pássaro e comentou: você não acha que esse seu esforço é meio ridículo? Você jamais vai conseguir apagar esse incêndio, apenas com a água que você leva no bico...
.
O pássaro retrucou dizendo: eu não sei se vou conseguir apagar o incêndio, o que eu sei é que estou fazendo tudo o que posso para ajudar a apagar.
.
Com relação ao aquecimento global e a todos os problemas que estão acontecendo com o meio ambiente na atualidade, não sei se temos que ficar pensando se podemos ou não resolvê-los. Temos é que racionalizar nossos hábitos no dia a dia, consumir menos energia elétrica, deixar o carro em casa sempre que possível, consumir menos água (por exemplo deixando de escovar os dentes durante o banho, reaproveitando a água das chuvas e água servida em casas e condomínios...), reciclar o máximo possível de materiais e incentivar todo mundo a fazer o mesmo. A economia será imensa!
.
Um abraço esperançoso,
.
Marrey Peres Jr.





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O fenômeno do esquecimento global



Em 1973 foi fundado em São Paulo, mais precisamente na Praça da República, o MAPE – Movimento Arte e Pensamento Ecológico. Idealizado e fundado por um artista plástico espanhol (catalão) radicado em São Paulo, Emílio Miguel Abellá, o MAPE foi descrito em um estudo do Sebrae de 2007 da seguinte forma:


“O Movimento Arte e Pensamento Ecológico (Mape) surgiu em São Paulo, em 1973, formado por artistas plásticos, escritores e jornalistas vinculados aos movimentos contra-culturais e preocupados com a poluição urbana. O Mape se apropriou de estratégias expressivas e simbólicas dos novos movimentos sociais europeus e recorreu especialmente à linguagem artística como forma de expressão, organizando vernissages, happenings literários e atos lúdicos. O perfil de seus membros, sem expertise técnica na área, fez com que o Mape se mantivesse distante dos cargos públicos ambientais e se voltasse mais intensamente para a sociedade civil, inclusive para a mobilização em prol da Redemocratização.”

Fizemos parte do MAPE e do movimento ecologista, principalmente na década de 80. Naquela época, já discutíamos com um interesse enorme e já ligado à nossa própria sobrevivência, temas como:

- A degradação da camada de ozone e o aumento da incidência de radiações solares sobre a Terra, possibilitando o aumento da incidência de tipos de câncer de pele, bem como outros males...
- O aumento da concentração de gases formadores do efeito estufa, principalmente o CO2, que causaria um aumento insuportável das temperaturas na Terra...
- Os gastos insanos com armamentos e máquinas de guerra, nas diversas nações da Terra, consumindo recursos materiais, financeiros e humanos que poderiam, se bem aplicados, erradicar a malária da face da Terra em apenas um ano (só para citar um exemplo...)...
- As mudanças necessárias na mentalidade das pessoas e na economia para que pudéssemos fazer frente à nova complexidade que o mundo enfrenta nos dias de hoje...
- O combate ao autoritarismo e aos preconceitos, como forma de iniciar uma nova era de evolução da humanidade...

Éramos estudantes, escritores, artistas, poetas, intelectuais e trabalhadores que não se contentavam nem com o regime autoritário que governava a maioria dos países da América Latina, naquela época, nem com os evidentes descaminhos que a humanidade como um todo tomava, na utilização dos recursos não renováveis do planeta.

Naquela época,a sociedade brasileira ( e seus porta-vozes na Veja, Isto É, Folha, Estadão, Rede Globo, etc...) tratavam a gente como um quixotesco bando de artistas e anarquistas que queriam colocar um freio na luta que o Brasil deveria empreender para ser promovido de quarto para primeiro mundo... Parecia que éramos um bando de hippies chapados que tinham retornado para casa a pé, vindos de Woodstock...

Hoje eu vi uma propaganda na TV a cabo, onde uma pessoa sai de casa para trabalhar e quando volta a sua casa está tão pequena que ele não consegue mais entrar nela. O pobre executivo fica sentado desolado, do lado de fora do seu prédio de apartamentos... Daí a propaganda corta e mostra um urso polar branco ilhado, no meio do oceano, em cima de um minúsculo bloco flutuante de gelo... Corte novamente e aparece o fatal slogan final, que é algo como: “quando você perceber o aquecimento global, vai ser tarde demais...”.

Não quero apenas pisotear e ficar enchendo com expressões do tipo “a gente avisou”. Muito pelo contrário, o que sempre se quis e continua na pauta de toda pessoa com bom senso e memória neste mundo é que:

- Nós ainda precisamos mostrar às pessoas que se o lucro continuar sendo o único parâmetro de sucesso nossos filhos e netos vão morrer de calor e de desidratação,independentemente de sua classe econômica... esse armagedon construído pela raça humana é a primeira coisa realmente democratizada, em termos globais, que foi criada até hoje...

- Que não é possível combater os problemas ambientais e climáticos, sem uma conscientização de todos os seres humanos e sem a ação de cada pessoa na limpeza do ar, das cidades, campos e oceanos...

- Que não podemos simplesmente dar as costas e esperar que os outros façam por nós...
Essas questões são presentes para a humanidade já desde “meados do século passado”!!!
É por essas e outras que eu entendo que o principal problema da humanidade hoje não é o fenômeno do aquecimento global, mas uma de suas causas raiz: O fenômeno do “esquecimento global”!


Abraços esperançosos...


Marrey Peres Jr.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Arte de Rua...

No aniversário de São Paulo, a nossa Galeria de Arte PontoArt (Rua Inácio Pereira da Rocha, 246, Vila Madalena, São Paulo), SP, promoveu a pintura de um graffiti (painel mural) na parede ao lado da loja, com o artista Bne, que é o grafiteiro que já fez muitos trabalhos de ambientação e de palco para os Racionais MCs. No link abaixo vocês tem o filme (no youtube), da confecção do painel. É muito interessante ver a técnica desse grafiteiro jovem, autodidata e super talentoso. Vale a pena dar uma olhada e, quem sabe, dar uma passada na PontoArt para conferir o trabalho do artista.

http://www.youtube.com/watch?v=d6ffSsN7dDM

Grande abraço,

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

2010 - o ano que entrou com tudo...

Gente, em primeiro lugar, feliz ano novo! (?)...

... pelo menos daqui pra frente...

O ano de 2010 realmente começou com tudo. Tudo errado. Desmoronamentos, enchentes, terremotos e mortos... muitos mortos. Se continuar desse jeito não vai ter como evitar: vamos ter que começar a respeitar as leis e parar de fazer casas em encostas de morro e outros lugares onde já é proibido construir. Pois é, as prefeituras vão ter que fazer cumprir as leis que elas mesmas inventaram. E mais do que isso, vamos ter que fazer outra reunião mundial como aquela que foi frustrante lá em Copenhagen, só que desta vez, vamos ter que fazer algo de concreto pela recuperação da saúde da Gaia Terra. Quantos mais vão ter que morrer em catástrofes climáticas para que os obamas e os povos do mundo inteiro se conscientizem?

Bom, agora chega de negativismo. Uma coisa que eu aprendi nestes últimos tempos é que quando estamos em época de crises, tendemos sempre a nos portar de acordo com o pior que existe na gente. Nossos defeitos se sobrepõem facilmente ao que temos de construtivo. Porisso, precisamos redobrar a atenção, respirar fundo e... bola pra frente (ainda mais em ano de copa...). E só para reverter o clima do começo de ano, conforme descrito acima, quero reproduzir abaixo uma postagem que eu copiei do blog do jornalista Maurício Stycer ( http://mauriciostycer.blog.uol.com.br/arch2010-01-10_2010-01-16.html ). É sobre um rapaz cego que acaba de ser contratado para trabalhar como jornalista no Estadão. Em primeiro lugar, vamos parabenizar o jornal por essa contratação. É com ações que se combate o preconceito e se promove a integração das pessoas.

Vamos ao texto:
------------------------------------------------------------------------------
A força de um novato: o jornalista deficiente visual

Numa newsletter que envia semanalmente a jornalistas de todo o Brasil, Eduardo Ribeiro noticia o vaivém do mercado, anuncia novidades, contratações, demissões e trocas de emprego. Esta semana, entre as notícias do “Jornalistas & Cia”, Edu conta a história de Lucas de Abreu Maia, 24 anos, deficiente visual, que está começando a trabalhar como repórter da área Nacional de “O Estado de S.Paulo”.

“Onde poderia aprender, questionar, escrever e investigar ao mesmo tempo? Só no Jornalismo”, diz Lucas, ao “Jornalistas & Cia”. O repórter conta, há seis anos, com a ajuda de um cão-guia e utiliza, para trabalhar, um programa especial de computador que lê o texto escrito na tela para ele. Reproduzo abaixo o início da entrevista:

Jonalistas&Cia – Qual é a sua maior dificuldade para exercer o Jornalismo?
Lucas – Não consigo pensar em nenhuma, mas isso depende muito do apoio dos colegas que você tem. Sempre consegui muito incentivo em todos os lugares em que estive e isso não é diferente no Estadão. Faz toda a diferença você poder contar com a ajuda das pessoas.

(Escrito por Mauricio Stycer em 14/01/2010)
-------------------------------------------------------------------------------

Saudações Aquarianas,
Marrey Peres

domingo, 15 de novembro de 2009

Sobre a parte artística...

Os posts sobre arte, decoração, etc.. foram transferidos para nosso novo blog:

www.pontoartsp.blogspot.com

Saudações Aquarianas,

Marrey Peres Jr.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O cego e o livro do cego - Capítulo 2...

Na segunda e terça passada acompanhei com interesse o III Congresso de Autor e Interesse Público, promovido em São Paulo pela Universidade Federal de Santa Catarina e pelo Ministério da Cultura, como parte do Fórum Nacional de Direito Autoral.

Acompanho esse fórum desde 2008, com o objetivo principal de verificar como deixar claro para as editoras e detentores de direitos autorais, principalmente de obras escritas, que o cego tem o direito de receber a obra em formato acessível, seja em Braille ou em qualquer outro formato que permita o acesso à mesma.

Essa necessidade de se estabelecer um compromisso entre dois direitos fundamentais previstos em nossa Constituição, a saber: 1) o direito do Autor à exploração de sua Obra e aos direitos autorais e 2) o direito de acesso à Cultura, é algo que afeta de maneira peculiar e muito fortemente à população (pequena, ínfima mesmo...) de cegos que procuram livros para ler. Hoje em dia, devido à evolução da tecnologia, a obra escrita em geral não precisa mais ser impressa em formato Braille para que possa ser acessível ao deficiente visual. Se a obra for disponibilizada, por exemplo, em formato texto (é isso mesmo, o famoso .txt que até o notepad do windows lê...), pode ser lida por um programa de sintetização de voz, como por exemplo o pacote Dosvox (gratuito, desenvolvido e distribuído pela Internet pela UFRJ e que é uma das ferramentas mais bem adaptadas ao universo do cego que eu conheço no mundo inteiro! – vejam em http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/ ). Só que as editoras, autores e demais envolvidos na cadeia produtiva da cultura escrita, muitas vezes alegam que a lei não está devidamente escrita e que não diz claramente que eles devem fornecer o livro em formato digital. É lógico que não estou advogando que eles passem a distribuir o texto livremente por aí para ele ir parar na Internet, ser pirateado, etc. Mas sempre que preciso de um livro do exterior (geralmente da Inglaterra, pois a minha filha faz Cultura Inglesa...), eles me enviam o link para fazer o download do mesmo em formato digital junto com uma declaração que nós assinamos, dizendo que vamos utilizar aquele arquivo apenas para gerar impressão em Braille ou utilização de sintetizador de voz pelo cego, no seu âmbito privado. Não poderíamos ser assim, simples?

A Lei de Direitos Autorais, em seu Artigo 46, nos diz o textualmente:

“Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

I - a reprodução:
...

d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;...”

Gente, eu acho que o que está acima, desde que assumido por escrito pela pessoa que está pedindo o arquivo, já seria suficiente para que qualquer um enviasse o texto digital para o pai de uma pessoa que é cega e quer ter acesso a essa obra. Porém, me parece que cego é uma população tão negligenciada em nossa sociedade (e não é só na brasileira não...), pois não dá dinheiro e não dá voto prá político, que ninguém se importa com o direito à cultura que supostamente ele tem....

Mas eu estava falando do Congresso. Pois com a maior das boas intenções o Ministério da Cultura e os juristas que estão promovendo uma discussão da LDA com vistas a uma revisão e modernização da mesma (o que reputo como sendo um ótimo e oportuno trabalho!), propuseram uma nova redação para esse ponto, no qual se coloca algo como:

“ ... Não constitui ofensa aos direitos autorais ... a reprodução de qualquer tipo de obra, para qualquer pessoa deficiente, através de qualquer meio que seja necessário para tal...”

A intenção é boa, mas fica uma pergunta me incomodando:

Será que as editoras e todo o pessoal que não quer ter o mínimo trabalho para promover coisa nenhuma que não seja o bottom line dos livros de contabilidade deles, não vai utilizar essa redação para criar mais embaraços ainda ao simples ato de entregar um CD com o texto da obra e pedir para assinar uma declaração que esse CD só vai ser utilizado para o cego?

Alô pessoal, Terra chamando! O mundo já está complicado demais! Será que não dava para simplificar e explicitar que é para passar o livro em formato digital para poder imprimir em Braille ou ouvir ele no computador?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O cego e o livro do cego...

Há um bom tempo atrás começamos a nos mexer (eu e minha esposa), no sentido de facilitar um pouco a geração de material de leitura e de cultura para nossa filha (que é deficiente visual - cega). Esse é um desafio que encaramos há mais de 14 anos e que está ainda meio longe de ser vencido.

Como parte dessa peregrinação, um dos contatos que fizemos foi com o Ministério da Cultura, no sentido de solicitar a regulamentação de um dispositivo da Lei de Direitos Autorais (LDA), que diz que os livros e demais itens protegidos por direito autoral devem ser liberados para reprodução em meio que seja acessível ao cego. Isso parece ser simples, mas não é não. Não é suficiente apenas "imprimir em braille"...

Há dois meses eu dei uma entrevista para a publicação do Desafios da Conjuntura, do Observatório da Educação. Transcrevo abaixo a entrevista, para que possamos avançar no tema e, quem sabe, melhorar o acesso dessa população à Cultura. A publicação completa pode ser acessada em http://www.observatoriodaeducacao.org.br/images/pdfs/dc27final.pdf .

Quem tiver sugestões e comentários, pode enviar...

----------------------------------------------------------------------------

Entrevista: Marrey Luiz Peres Jr.

Editoras não cumprem a lei, negando fornecimento de material digitalizado para pessoas com deficiência visual

O acesso das pessoas com deficiên­cia visual a obras escritas é previsto na atual legislação de direitos autorais. O dispositivo, no entanto, não é cumprido por muitas editoras, tampouco sua exis­tência informada à sociedade em geral.

Marrey Luiz Peres Jr, pai de uma jovem de 22 anos com deficiência visual, vem acompanhando o processo de reformulação da lei de direitos au­torais, e teme o retrocesso, em função “da paranoia do mercado editorial”, em relação às possibilidades tecnológicas de acesso à informação.

Observatório da Educação - Como a legislação de direitos autorais influencia o cotidiano das pessoas cegas?
Marrey - Existem duas abordagens para inserir o cego no ambiente educacional, profissional, na sociedade em geral. Uma delas é a atitude segregacionista, e a outra é a de criar mecanismos para sua integração.
O que atrapalha a vida de uma pessoa deficiente são, geralmente, as dificuldades de acesso. Para o deficiente físico, a dificuldade de acesso nos meios de locomoção, edifícios, portas que não consegue entrar etc. Para o deficiente visual, o grande problema é o acesso à cultura. Boa parte da educação e da ativi­dade cultural é visual. E a leitura, que é transmissão da linguagem oral, através de linguagem escrita, também se apóia na visão.
Então, uma das coisas que a gente precisa trabalhar para inserir o portador de deficiência visual num ambiente edu­cacional, por exemplo, é a transcrição para o Braille ou para qualquer outro meio que para ele seja acessível.

OE – Enfrentou esses problemas durante a vida escolar da sua filha?
Marrey - Bastante. Qualquer pessoa que vá a uma livraria e disser “tenho um filho cego e quero esse livro”, não vai ter o material. Eles dizem: para conseguir, tem que entrar em contato com a instituição A, B ou C... Entra em contato e existe um tempo para a produção do material, se é que esse material tem condições de ser produzido. Então, enquanto todo mundo na classe, no começo do ano, vai à livraria, com­pra um livro e começa a estudar, a pessoa cega só começa a estudar a mesma matéria depois de três ou quatro meses, e se tudo andar direito.
Como tivemos esse tipo de problema, nos aparelhamos. Então, pudemos descobrir o que havia de recursos. O custo desse recurso ainda é exorbitante. Temos uma impressora em Braille que, na época em que compramos, custou o preço de um carro popular, R$ 14 mil.
Depois disso, tivemos o seguinte problema: temos com­putador, scanner, etc. Mas, todos os livros, principalmente os didáticos, são muito visuais, não só na leitura do texto, mas também na apresentação de fotografias, gráficos, recursos visuais etc. Então, descobrimos que um livro, para ser bem transcrito para um deficiente visual, necessita de um certo grau de adaptação. Minha esposa, principalmente, começou a fazer esse trabalho. Primeiro a gente escaneava o livro inteiro e pegava o texto e, então, colocávamos a descrição das foto­grafias e recursos gráficos, mapas.
Mas, conforme se evolui na escola, o volume de in­formação e conteúdo aumenta geometricamente. Chegou uma hora em que não dávamos mais conta de escanear o material e adaptá-lo.
Descobrimos, então, uma exceção na lei de direitos auto­rais que dizia que o deficiente visual teria direito a ter acesso ao material de literatura, sujeito a direito autoral, em forma acessível, o que é confundido, pela maioria das pessoas, com o formato Braille. Não necessariamente um livro precisa estar em formato Braille; é possível, por exemplo, ter o livro em formato digital, ou “txt.”, e esse texto ser lido por um proces­sador de voz no computador.
Nessa época, minha filha já não estava lendo só em Braille. Ela já tinha um microcomputador com um software gratuito, fornecido pela Universidade Federal do Rio de Janei­ro (UFRJ), que é um sistema completo para cegos, e permite, dentre outras coisas, que o computador leia o texto.
Braille é muito importante, por fornecer ao cego o acesso à ortografia. Mas do ponto de vista do conteúdo, boa parte pode ser resolvida com literatura falada, sintetizador de voz. O que precisa é ter claro qual o processo de fornecimento, por exemplo, de um CD, com o texto do livro digitalizado, coisa que toda editora tem.
É óbvio que essa exceção da lei pode trazer efeitos maléficos. Não é porque a pessoa é deficiente que é “Santa”. Entendo o lado da editora de não querer distribuir o CD com a obra literária, pois há risco de propagação pirata. Mas vi um dispositivo no Canadá, que é uma carteira de identificação, na qual a pessoa cega é registrada, recebe o material, se respon­sabiliza por ele e, caso seja disponibilizado a outra pessoa, responde criminalmente por violação de direito autoral.
Indagamos ao Ministério da Cultura porque é tão difícil o cumprimento da lei. Por que, nós, pais, temos de sair em peregrinação às editoras tentando convencê-las a cumprir a lei e fornecer o material que nossos filhos deficientes visuais necessitam? Muitas editoras fornecem, outras, não, e falam: vá para o Ministério Público se quiser. Então, entramos em contato com o Ministério da Cultura para sugerir, ou pressio­nar, para que esse aspecto da lei fosse regulamentado e as editoras soubessem como proceder.

OE – Como a reformulação da lei de direitos autorais poderia contribuir com o desafio de inclusão das pessoas com deficiência visual?
Marrey - Do ponto de vista de usuário, de pai de pessoa com deficiência, sinto que a lei atual possui um dispositivo que abre uma exceção com relação ao cumprimento do direito autoral. Diz textualmente que deve ser garantido ao deficiente visual o acesso ao conteúdo, seja em Braille ou em qualquer meio acessível. Desse ponto de vista, a lei já está perfeita.
O que não está claro é como isso deve ser feito. Já ouvi falarem em cotas para impressão em Braille, por exemplo. Isso é um atentado. Não tem gente para ler tudo isso. O con­sumo de literatura pela população já é baixo, pelo cego menor ainda. Não tem sentido imprimir tudo. Em segundo lugar, para garantir acesso ao conteúdo não é necessário imprimir em Braille, o texto pode ser lido no computador. O que pode­ria ser aperfeiçoado na lei é o dever das editoras de disponibi­lizar o conteúdo e quais as formas para que isso seja feito.
Um cuidado que devemos ter é não permitir que a lei retroceda. Que, em virtude de uma paranoia generalizada de que está tudo indo para a internet, que o mercado fonográfico vai submergir e o do livro desaparecer, sejam suprimidas as exceções da lei.
Acho que isso não vai acontecer, até porque o Brasil é signatário de acordos internacionais de acessibilidade para o deficiente visual e espero que esses acordos não sejam descumpridos por uma paranoia do mercado editorial. Mesmo porque o número de pessoas cegas não chega a 2% da popu­lação, o que, acho, não deve assustar ninguém em termos de verba de direitos autorais recolhidos.

OE - O acesso à produção cultural para pessoas com defici­ência visual varia de acordo com a área do conhecimento ou tipo de livro?
Marrey - Não sei se existe uma gradação, mas nossa experiência nos diz que o livro didático é um pouco mais complicado que o livro normal de literatura. A literatura em geral tem mais letra e menos figura. Já o didático não, ele tem muitas figuras, recursos visuais. Toda instituição que produz livro didático em Braille faz a transcrição, mas, além disso, deveria ter a adaptação dos recursos gráficos, como figuras e mapas. Mas isso ninguém faz.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Retomando

Existem períodos de sístole e de diástole na vida da gente. Em períodos de sístole, precisamos nos recolher e reposicionar atitudes e objetivos. Depois disso vem a diástole e então precisamos retomar, pois afinal, a vida é isso. Um processo respiratório que se estende do primeiro ao último suspiro.

Tempo de retomar. E para isso, republico o manifesto minimalista libertário. Porque temos que simplificar as coisas, para que elas possam evoluir.

Manifesto Minimalista Libertário:

Porque precisamos retomar nosso tempo, nosso espaço e nossa vida, em nossas mãos lançamos a proposta do Minimalismo Libertário.

Pela Simplicidade em nossas Vidas, em busca da Felicidade! Sejamos Simples!
Ser Simples não significa ser simplório. É preciso muita sofisticação para se atingir a simplicidade que leva à felicidade.
Não significa ser pobre. Significa utilizar nossas energias da maneira mais econômica e ecológica que for possível.
Não significa ser acomodado. É preciso muito trabalho para se simplificar as coisas hoje em dia.
Ser Simples não é ser estático. A verdadeira simplicidade exige constante evolução.
Não é ser simplista. Quando exigido, vamos até a raiz das coisas, para obtermos o que de melhor elas nos oferecem, em sua simplicidade.
Ser Simples não significa ser limitado ou repetitivo. É preciso muita criatividade para ser simples no mundo de hoje.
Não significa ser primitivo. A simplicidade é uma meta da sociedade moderna.
Ser simples não significa ser feio, mas ser minimalista.
Ser Simples não é ser um chato! É preciso muita tolerância com todas as pessoas complicadas para a gente poder ser Simples e Feliz!

Pensar Globalmente e Agir Localmente. É com esta simplicidade que queremos melhorar o mundo.

Saudações Aquarianas

Marrey Peres

sábado, 10 de maio de 2008

Minha homenagem às Olimpíadas de Pequim

Gente,

Todo ser humano merece respeito por suas posições filosóficas e por sua herança cultural. O conhecimento é formado de partes complementares que interagem entre sí e se tranformam. Assim sendo, penso que nenhum povo tem o direito de impor sua cultura a outro povo, por interesses econômicos ou pela força das armoas e da intolerância.
Por causa dessa minha posição, segue a minha singela homenagem às olimpíadas de Pequim. Que sejam utilizadas para alguma coisa de bom!




Marrey Peres - Maio de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Que me desculpe o Belchior...

No próximo mês faz 40 anos das manifestações de Maio de 68 na Europa. Essas manifestações foram a dor aguda de um movimento cultural que já havia nascido e que desafiava pais e filhos em quse todo o mundo. Os hippies já estavam contestando os valores consumistas da sociedade ocidental. Os trabalhadores já estavam construindo a transformação dos regimes totalitários comunistas, desde a Polônia até dentro da própria União Soviética. As artes e a política há muito não viam tanta efervescência e criatividade. Pessoas e mais pessoas desafiavam o estilo de vida vigente na época para mudar, desde o corte de cabelo, até a maneira como encarar a natureza.

Foi nessa época também que os movimentos ambientalistas começaram a formar o seu ideário e a se consolidar como força política. Os movimentos verdes evoluíram e se tornaram não só partidos verdes, mas mudaram muito da consciência comum dos cidadãos e dos próprios hábitos de consumo e preocupaçõe, principalmente no ocidente e no oriente ocidentalizado.

Já se passaram 40 anos e, infelizmente, as mudanças que fizemos não foram tão importantes como deveriam ser, para poderem garantir ao mundo e aos seus habitantes, uma melhor qualidade de vida. Mas muita coisa mudou para melhor. Basta ver que hoje em dia podemos falar sobre o aquecimento global (pois é, já falávamos disso em 68), em ecologia e respeito à natureza, sem sermos ridicularizados.

Afinal, contrariamente ao que disse o Belchior na famosa música, nós não somos mais os mesmos e nem vivemos como os nossos pais. E muito disso devido ao que explodiu em maio de 68.

Abril de 2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

Paz na Tribo!

O texto abaixo foi utilizado no lançamento do blog Paz na Tribo ( http://paznatribo.blogspot.com/ ). Vale a pena ler, antes que seja tarde.

Chegou a hora de dar um basta, antes que a gente tenha mais um infarto coletivo. Tratar as coisas com mais objetividade e simplicidade. No tempo certo e não na correria em que tudo se transformou.

A ansiedade de acumular imensas riquezas e bens materiais ou ainda de conseguir o necessário para o sustento e sobrevivência está matando a tudo e a todos: tempo, seres humanos e natureza.

É hora de voltar para dentro da tribo. Pode começar com meia hora por dia. Antes que seja (muito) tarde.

É preciso começar cuidando da Oca. Oca - a Casa - o Corpo - a Terra.

Marcos Terena declarou na ONU que os índios querem ser ouvidos na questão das mudanças climáticas. O convite nasceu porque ele foi o coordenador da Conferência do Rio-92, quando foi feita a “Carta da Terra” com 109 recomendações feitas por 700 indígenas de todo o mundo. Foi a recomendação da “Carioca”, duas palavras do Tupi-Guarani (Cari + Oca) que significam, “aquele que vem do Rio de Janeiro”. E dentro dessas recomendações existe o que se pode chamar hoje da “profecia dos povos indígenas”, a respeito da importância de cuidar da Terra e do meio ambiente. Os efeitos podem ser percebidos claramente.

"A Terra está tremendo diante da agressão do homem branco, diante da agressão da modernidade, da tecnologia. E nós pensamos que somente os povos indígenas podem dar uma resposta, um “puxão de orelha” nessa comunidade internacional para que ela volte a pensar como ser humano a respeito de cuidar do planeta Terra."

Os índios Hopi, da América do Norte, em suas profecias também alertam:

"Se roubarmos coisas preciosas da Terra, vamos chamar desastres.

No dia da Purificação, haverão névoas correndo para a frente e para trás nos céus.

Uma enorme caixa de cinzas pode um dia cair dos céus e ela poderá queimar a Terra e ferver os oceanos."

Seria interessante assistir novamente ao filme Koyaniskatsy (aquele que deixou famosa a música do Philip Glass). Tem nas boas videolocadoras. Convide os amigos.

Gente: é hora de limpar a Taba e cuidar da Oca!

Paz na Tribo - 20 de Março de 2008.